segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Herói II

Eu redescobri porque criei o blog, como surgiu a idéia de escrever tudo o que aqui contém.
Tudo começou com "Demolidor o homem sem medo", todos os conflitos que Matt enfrenta, seu relacionamento conturbado com Elektra, todo o contexto da trama, todo o romance e os impedimentos que o mesmo impunha ao casal me fizeram refletir melhor sobre várias coisas, hoje eu revi os dois que são personagens de minha segunda postagem no blog, ( mas a primeira que escrevi) e percebi o quanto a trama ainda me chama atenção, o quanto me identifico com a história, exceto pelo fato das habilidades e tudo mais, mas refiro-me apenas aos desencontros amorosos entre ambos, a maneira como a vida faz questão de separá-los, a maneira como o amor é apenas para ser sentido e não vivido plenamente, o modo como o que é bom tem de acabar, porque não se pode ser inteiro, ser feliz por inteiro, mas é sempre assim não se pode salvar o mundo e ser amado, não se pode ser o herói e ser recompensado. O herói tem que sofrer e viver no anonimato, para proteger a todos, principalmente aqueles que ama, porque se o herói não sofre ele não pode saber como proteger os outros, e talvez seja por isso que ele salva a todos mas não consegue salvar a sí mesmo. No fundo sempre sozinho imaginando como teria sido, como seria se pudesse ter vivido mais com quem ama, com aquela que nunca irá esquecer, mas tem que tentar para continuar salvando o mundo com a mesma dedicação, e evitando que os outros sofram não importando como está por dentro, desde que os demais estajam salvos e em paz.

MORAES, luiz carlos

domingo, 25 de janeiro de 2009

Surto

Existe algo em mim que eu já não controlo, às vezes me domina e é dificil me encontrar, achar o meu eu. Não sei o que é mas definitivamente não sou eu, ou pelo menos não deveria ser. Invade uma angústia, um misto de decepção e ódio, a raiva se sobrepõe a tudo isso e por alguns segundos toda a racionalidade e sentimentos nobres se esvaem e eu já não me importo com o que possa acontecer.
( Escrito em algum dia banal de janeiro de 2009)
MORAES, luiz carlos

sábado, 24 de janeiro de 2009

Um pôr-de-sol

Foi no sábado, as nuvens estavam presentes, apenas para abrilhantar o espetáculo, fizeram exatamente o seu papel.
Assim com fazem com a lua quando ela surge nos céus, elas acompanharam o sol em sua despedida.
Ao adormecer no horizonte o sol levou também as minhas preocupações, diante de infinita beleza com nada mais me preocupei, apenas observei-o atentamente. Uma leve brisa tocava meu rosto o que me fez respirar pausadamente apreciando cada segundo de paz.
Enquanto o sol desaparecia no horizonte eu fiquei ali, imóvel, pasmo diante da imensidão de cores e imagens que ali estavam.
Percebi o quanto eu estava com saudade desses momentos, esses que nada mais importa, nada a temer, apenas aproveitar ao máximo aquele reflexivo instante, antes que ele acabe e um novo dia começe, sem a certeza de que o espetáculo será o mesmo da tarde anterior, sem a certeza de que haverá ao menos um amanhecer.
Foi assim que observei a belíssima cena, como se fosse a última vez. A imagem era uma obra de arte que precisaria realmente como aconteceu, o céu como tela. Para ser admirada, refletida e eternizada na memória dos poucos que tiveram o privilégio de captar a perfeição que presenciavam.

MORAES, luiz carlos

A mulher da minha vida

Ela é e sempre será a mulher da minha vida. Houveram muitas que cruzaram o meu caminho. E elas apenas cruzaram, mas você não. Você chegou e ficou. Mesmo depois que partiu continuou aqui. E todo o meu sentimento permanece intacto. Apesar de os dias nunca mais serem os mesmos com a sua distância. Desculpem mas essa história ficará inacabada. Até que eu possa prosseguir.

MORAES, luiz carlos

Você não está

Eu tenho cruzado com você em todos os lugares.
Eu te vejo atravessando a rua e imediatamente ao meu lado.
Eu te vejo na entrada do cinema e na saída do shopping.
Te vejo nas lojas e te vejo no mercado, em todo lugar.
Já não sei o que é real e o que não é.
Sei que é a minha mente me pregando mais uma 'peça'.
Mas toda a vez que acontece o coração dispara.
Outro dia eu chamei alguém que não conheço pelo seu nome.
A pessoa me olhou e eu pedi desculpas, ela apenas sorriu.
Eu te vejo em cada esquina, em cada olhar, em cada sorriso.
Achei que tinha superado a tua ausencia e a separação.
Mas nos ultimos dias tenho revisado os meus conceitos de superação.
Sei que ainda te Amo e isso permanecerá.
Pensei apenas que pudesse seguir na boa sem tantas sequelas.
Eu te vi na televisão, escutei sua voz no radio.
Tudo ilusão, ouvi sua voz no interfone e não era você.
O celular tocou e eu vi o teu número, infelizmente não era.
Tenho visto você em todos os lugares, mas você não está.
Esperei você todas as noites todos os dias, queria saber ao menos como está.
Mas não tenho coragem de ligar, não sei o que fazer.
E cada dia mais eu continuo a te ver, com mais frequencia.
E a cada dia mais minha lucidez se esvai.
Vejo você, sinto você mas você não está.
MORAES, luiz carlos