quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Aqueles dias

Existem uns dias que tu acorda e o sol já toca o teu rosto.
Nesses mesmos dias, não porque o sol toca o seu rosto.
Mas por vários motivos que cabe somente a cada um;
A primeira coisa que se faz é passar a mão no rosto;
Por consequência voce desliza ela até o cabelo;
E começam as perguntas, as que se faz a sí mesmo;
Que normalmente não possuem respostas cabíveis;
Você fecha os olhos novamente e se afunda no travesseiro;
Se perguntando porque tem de acordar;
Novamente tu abre os olhos, e ve que o sol tá tentando te ajudar.
Então pega a primeira bermuda que ve e ainda sem camisa e de chinelo;
Vai até a porta, antes disso sem querer passa em frente ao espelho;
E se pergunta o que aconteceu para essa cara de ressaca;
Senta em qualquer lugar sem entender a sensação de abatimento;
Olha o sol e ele machuca os olhos;
Toma um pouco de água e começa a lembrar tudo que aconteceu.
Agora sim realmente não precisava ter acordado.
Tudo por ela, as loucuras, a bebedeira, as lágrimas.
E agora sim. Você acorda de verdade e vê que são somente as lembranças do passado.
Que insistem em querer te fazer voltar, em querer que você afunde.
É, ainda bem que foi só um pesadelo.
Aquele passado já não me afeta, nem os fantasmas desse tempo.
Será? Também não sei, mas quando estou acordado pelo menos.

MORAES, luiz carlos