Eu estou perdido, e você não pode me encontrar. Estou em um bar agora, bebendo um conhaque, mas não se preocupe, eu estou sozinho, mas isso não é novidade. Desde que você se foi eu fiz poucas tentativas. Já desisti, desta vez eu percebi no início que não adiantaria.
Esse garçom já deve estar enjoado do meu rosto, mas continua a me servir e não reclama de ouvir sempre o mesmo nome, o seu e do quanto a amo.
Não se preocupe mais comigo, entendo agora como não entendia antes porque você me deixou. E esse frio que tem feito, faz eu pensar ainda mais o quanto gostaria de estar deitado com você e que ao invéz do cigarro os seus lábios estivessem tocando os meus mas é o conhaque que me esquenta eo cigarro que me beija. E agora o bar precisa fechar, e eu tenho que ir embora já faz tempo que tudo é estranho mas a noite continua igual, mais fria, mas o céu continua normal, estrelado com nuvens e a lua, é a lua, ela também continua lá no mesmo lugar. É a única que parece solidária com a minha dor, continua a iluminar minhas noites tristes, e mesmo em seu explêndor ela não me faz distrair e te esquecer, mas lembrá-la cada vez mais e eu tento tornar suportável a sua ausência, mas ... sinto muito.
MORAES, luiz carlos