domingo, 23 de janeiro de 2011

Ponteiros

Um café, o computador, e uma tela vazia, branca.
Não, o cigarro não está presente, é o elemento que falta na combinação.
O lugar também não é o tipo que permitiria.
Um restaurante é o lugar, e o café poderia sem muita alteração, por um Grant's duplo, não não, triplo e a essência continuaria, ainda faltando o maldito cigarro.
Mas continuará faltando, não fumo, deve-se a isso o péssimo hábito de seguidas vezes colocar um palito na boca e 'tragar' a nicotina imaginária ali presente.
Mas não são esses os elementos que me levam a escrever, ( a bebida talvez tenha alguma participação ) ... mas sim os meus desamores, as minhas coleções de decepções.
Alguém disse-me um dia que não criava expectativas e não fazia projeções, assim a decepção seria menor.
Comigo não funciona, sou todo coração, e alguém já disse isso, e como não lembro o autor, que isso sirva como os créditos, algo como não consigo me doar pela metade, não posso me doar pela metade, meios sentimentos, meias expectativas. Não, não vejo problema em quem o faz, de certa forma admiro.
Nunca saimos 'inteiros' de qualquer que seja a situação. O problema é, quantos pedaços é preciso perder por aí, para que fique dificil até para nós reconhecermos a figura no espelho.
Quanta dor, e quando escrevo dor, não é como uma figura de linguagem, é algo que ultrapassa a barreira e passa a ser físico, náuseas e tudo mais ( se bem que as náuseas podem ser vestígios daquele red hehehe) ... não, não são.
Antes que algum provável leitor indague a sucessão de negativas, é exatamente essa a intenção.
Apenas retratando a batalha interna que tenho travado nas últimas semanas ... e ainda outro dia quando eu resumi em uma única palavra como 'perdido', nem imaginava o quanto significava 'perdido'.
Nada, não significava n-a-d-a, não mudou, não alterou.

Moraes, luiz carlos

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