terça-feira, 31 de maio de 2011

'Mafalda'

Dizem que o primeiro tombo a gente não esquece, eu esperarei que o tempo confirme a afirmação, pois só recentemente aconteceu.
Meu tio tem um versinho que usa bastante, algo como _ "Me contou um ciclista que montou e nunca caiu, me desculpa amigão mas aí, mentiu para o tio".
Muitos riam quando eu contava que nunca havia caído de moto, meu tio inclusive, eu não sabia como era a sensação, por outro lado, de bicicleta cai tantas vezes e de tantas formas, que as marcas sobram espalhadas pelo corpo.
Bom aconteceu, madrugada de sábado, irresponsabilidade e parceria, a segunda me levou a primeira.
Eu levantei preocupado após a queda, após verificar que estava tudo bem fui socorrer a 'Mafalda', que estava estendida no meio do asfalto, em silêncio, corri até ela e percebi que eu mancava um pouco, ainda assim continuei, cheguei até ela, ajudei-a a levantar, e percebi que haviam escoriações bem relevantes nela.
Mafalda, é o nome da motocicleta que eu pilotava no momento da queda, que agora estava bem 'estragadinha'.
Sim, ela tem nome, e alguns dirão: Mas como é tosco, onde já se viu.
É minha, tem e ainda terá muito do meu suor ali, é uma conquista, e quem disser uma bobagem tamanha, é porque desconheçe a sensação, no mínimo algum play folgado que nem sabe no que o papai trabalha.
Sim, foi dificil conquistá-la, é dificil mantê-la, e só eu sei o que ela representa, se tornou uma extensão de mim, e por isso o carinho e o prazer em pilotá-la, de poder dizer 'é minha', sem nem um receio de que alguém diga o contrário, a mesma sensação de poder andar de cabeça erguida sem medo de que te apontem o dedo, ou digam que tu se vendeu.
Mafalda, aa Mafalda, das vezes que me carregou nem sei como, das vezes em que esteve no ''piloto automático'', que me levou a lugar que eu nem tenho palavras para descrever, das situções que foram possíveis por que estava ali, pronta para qualquer caminho, qualquer situação. (continua _ 'eu acho'. hehehe).
MORAES, luiz carlos.

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