terça-feira, 22 de março de 2011

Estrada

Estranho fascínio pelo caminho mais tortuoso, seria tão fácil apenas pegar uma reta e partir.


Embora a estrada a cada dia me chame, ainda estou preso a algo que não sei bem o que é, e a cada vez que eu saio com os cabelos ao vento desejando nada além de dez segundos de paz, para ser livre, mas depois que essa sensação passa, a estranha de necessidade de voltar.


É incrível a influência da noite em minha vida, da lua, das estrelas, e até mesmo das noites em que nenhum farol é suficiente para iluminar por mais de dez metros da estrada.


Ah, essa estrada, me leva até onde eu quero ir, mas me manda de volta com a mesma facilidade.


Sim, eu já considerei não parar em lugar algum, apenas seguindo em frente, até chegar ao fatídico ponto que não há retorno.
Estrada, ela está aí para quem quiser, não importa se vai dar em um beco, uma viela escura com um coração partido e uma faca na mão.
Ou se vai dar em um jardim florido, com uma foste de pedra e uma cascata.
Se vai dar no topo do cerro, ao lado dos eucaliptos, cercas brancas, e uma trilha até a clareira do chimarrão.
Não importa, o importante é não ir na contramão, 'superman' nem pensar, e ainda assim sorrir ao levantar, a estrada não é toda florida e cheia de vida.
Cabe a nós enquanto assim depender, torná-la o mais aceitável e viver, sair um dia sem rumo, e ao final voltar para casa, mas a semente foi plantada.
Algumas coisas não mais farão tanto sentido. Se está indeciso __ Estrada __ .
MORAES, luiz carlos

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