sexta-feira, 25 de março de 2011

Ninho

Eu poucas vezes trouxe pássaros estranhos ao meu ninho.
O ninho é algo a ser preservado, pode ser um ninho de pássaros, ou vampiresco.
Eu a trouxe para dentro, para ver de onde eu vinha, de onde provém toda a minha estrutura.
Você chegou, e acabou conquistando o teu espaço, um espaço que nunca havia sido ocupado por ninguém até o momento.
Eu poderia dizer que esse espaõ nunca se preenchido.
Todos a admiram e admiraram, talvez pela sua simplicidade e inocência, aquela que havia no teu olhar em tempos de outrora.
Aquele sonho de viver feliz, mesmo que na simplicidade de um desejo contido de uma vida juntos.
E me descobri forte, por voçê, pelas tuas fragilidades, eu era forte suficiente por nós dois.
É claro e óbvio que eu pensei em desistir, mas não consegui, me apeguei a ti, ao teu carinho, teu sorriso, e ainda hoje enquanto estou aqui em frente ao computador escrevendo, eu a sinto, e um enorme vazio no peito se destaca, porque eu escolhi tarde demais, na verdade você escolheu pela simpatia, carisma e aquele olhar.
Sim, o meu ninho, que a acolheu e fez de você parte dele, e não havia diferença entre eu e você, pois éramos um só integrante do ninho, deixamos de ser dois assim que nos tornamos bem mais que amigos.
Hoje meu desejo seria: Retorne, veja o quanto é importante e faz falta ao ninho, o quanto é importante em nossas vidas, o quanto sentimos a tua ausência.
Preciso da minha força de volta.

(Em algum lugar perdido no espaço tempo entre o real e a ilusão.)

MORAES, luiz carlos

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